4 de mai. de 2010

o mundo em burca.


Sua curiosidade me olha querendo desvendar e desfrutar todos os meus abismos, mas, para você, sou um poço de símbolos infinitos.
Meus infinitos carregam outros infinitos por dentro e junto deles está toda a minha discrição a cerca do mundo.
O meu mundo é separado por tabus e crenças que você não entende, mas para mim são perfeitamente verossímeis dentro de um contexto.
O meu contexto, não o seu.
Se você retirar a minha burca, encontrará outros enigmas: máscaras venezianas. todas escondem, todas nao mentem, tampouco falam. apenas aderem ao silêncio.
Mas existe uma coisa em comum em todas elas: a sombra e a íris dos meus olhos. Estes sim, não irão esconder meu arrepio quando você passa; a fogueira que emana deles quando sinto seu perfume; a maldição, encrustada no meu olhar que te acompanha, e que quer lançar-se em você. O medo que ignoro com medo de perder este momento. Sinta a música que meus olhos compõem. Eles nunca mentem.

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