28 de mai. de 2010

Não existe poeta em mim.

Os caminhos não pedem resposta.
Não pedem sucesso. Não me pedem... nada.
Eles seguem suas próprias vias.

Que me importa se são vias silenciosas
revolucionárias, vermelhas ou nuas.
Se sei que todas irão se encontrar num mesmo fim.

Não, não é o fim morte.
é o fim de um ciclo.
Acaba para ter seu novo início; inicia para um dia renascer.

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Não adianta... Eu não sei poetizar! Não sei escrever, desconheço minha gramática, sou insegura no português, arrisco meus tempos verbais. A fluência das letras digitadas são cuspidas de maneira errônea. Nunca gostei da minha versão em versos: a prefiro em prosa. Não gosto de intercalações e combinações no final da frase: sempre gostei das poesias que descombinam e não tem nexo. Transformo tudo em texto; vejo tudo em histórias, músicas, filmes, palavras e cores. E minhas cores não são metrificadas! Pelo contrário: são simples e não atendem a um padrão. Reinventam-se e transformam-se. Não sei se é a minha mania de ver tudo jornalisticamente e amar um texto corrido. A verdade é: a minha poesia é um bloco de pensamento que adquire a forma que eu quiser, a hora que eu quero. O lirismo do meu ser poético está nas imagens que chocam, na composição de sons, no sentido da mensagem, na sinceridade das minhas palavras. e isso é tudo o que eu quero... Isso se chama felicidade.
Fui clara?

3 comentários:

  1. Foi bastante clara, amiga.

    Eu também sou assim. Preciso ver me texto cuspido no papel em formato de prosa. Poesia para mim é a tentação que tento sempre alcançar, embora meus dedos insistam em digitar textos corridos.

    Te amo.

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  2. A poesia é do jeito que se quer e como se quer, amiga. Métrica e rima são coisas boas, mas não necessárias. O fundamental da poesia é o ensejo de não fazer sentido, só ser o que se escreveu. :)

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