29 de abr. de 2010

A agenda da minha madrugada.

pra que saber? (leiam e entendam)
os passos vão fortes e pisam o chão como se cantassem a trilha dedilhada no piano.
Quem passa vê um borrão laranja emanando do meu absinto, aquele que entorpece e penetra por todos os poros até ficar satisfeito com o trabalho bem feito.
Eu disse bem feito... e quando, o digo, quero dizer: é uma luta, um ritual.
Como qualquer ritual eu vou contar o passo a passo.



Por primeiro eu tiro os sapatos; sinto o chão áspero nos dedinhos dos pés: faço rodinhas com eles. Levo as mãos ao cabelo e desfaço o coque: liberto o meu eu, feminino. desço minhas mãos até a cintura e tiro o corpete: fecho os olhos e respiro bem, bem fundo e pau..sa..da..men..te. Como diz a cultura oriental: tudo é respiração. A minha blusa é transparente e minha pele é alérgica à sutiã. A parte de baixo? Ih, esqueci! Então eu começo a rodar feito uma louca, faço um furacão de mim mesma. Estilo Hilda. Com o vento, o meu perfume inegavelmente estarrecedor suga tudo pelo caminho (e libera tudo o que não combina com ele). Aparece de tudo um pouco: deuses, luzes, portas, olhos, sua boca, seu corpo (comigo, não mais seu), esmaltes, abraços, palavras, pessoas, melodias sem ritmo, bolos de maconha, ilusões... tudo é vida. tudo me vibra. E o que eu expulsei? Expulso o medo. Se a vida é isso mesmo em literatura, sempre foi, sempre será, tenho que aceitar e enfrentar o Mara ou o Buda. Não importa. Que venha o demônio: rabinho entre as pernas mas que eu não tenha medo de olhar nos olhos dele para que ele saiba que minha cabeça não é oca. Se eu tiver que desafiá-lo, que seja sem medo. Morro sem crescer, ou cresço e morro. Se Buda vier, melhor: levarei um dedo de prosa com ele.


Meu ritual não espera respostas, apenas vai andando.
Meu ritual é o amor rodeado pela superstição.
Como li ontem no texto de um amigo, Lucas, Santo Agostinho já dizia: "se não me perguntam o que é amor, eu sei. Se me perguntam, eu já não sei."

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Amanhã começo a trabalhar no shopping. No momento ouço 'Lounge', Maria Gadú. Quero começar a fazer boxe. Amanhã almoçarei com as meninas da puc (tchuguis!) - amanhã participarei de um ensaio fotográfico. Ponto. =)

27 de abr. de 2010

reflita.


"Existe alguém em nós
Em muitos dentre nós
Esse alguém
Que brilha mais do que
Milhões de sóis
E que a escuridão
Conhece também..."

22 de abr. de 2010

Foda-se

Eu não sei como começar este texto. Para falar a verdade eu não sei sobre o que vou escrever, só sei que preciso.
Vou lhe contar uma história. Ou melhor, um sonho.
A primeira pessoa não quer falar agora. A terceira é intrusa demais, ela já está no meio de nós.
E se ela se apaixonasse? Ela andava por entre as ruas, calma e constante. E ela tinha esta pergunta em seus estímulos. O que era impossível: nada conseguia quebrar sua redoma de vidro, seu mundo ordinário. Ordinário, porém louco de fantasias e perseguido por cores. Cores vindas de seus olhos, que projetavam um mundo com paredes pintadas, coreografadas, mas nunca vazias. (Isto é um sonho, logo há um vazio bem aqui e o que acontecerá não se sabe como aconteceu) Em algum acaso da vida, em alguma profecia não revelada, entrou um estranho. Talvez possa tê-la ajudado com promiscuidades prosaicas - quem sabe. O que foi relatado é que depois do primeiro encontro, ele a segurou pelo braço apenas para impedir que a mágica não se concretizasse. E ela reparou na intensidade de seu sorriso. Tão inteiro: ele era inteiro. Tão ele: ele era ele. O que o universo inteiro não contou é que ele não projetava as mesmas cores que ela, tampouco projetava. Ele não enxergava. E embora ele não tivesse visto, ele sentiu que a energia dela havia mudado com seu toque e com a enxurrada de sua sinceridade ao sorrir.
(ponto)
Em sua bolha redomada e embrulhada para presente, ela tirou sua graça do canto dos lábios. Sua ínfima felicidade de um momento: ela jogou fora. Se renovou com preconceito e com pena. Ele, na sua inocência e vontade de estampar aquele sorriso bobo, começou a falar. Ou melhor, começou a tirar lasquinhas daquele vidro que a cercava. Ele simplesmente quebrou suas expectativas: falava de suas vivências, de seus entes interiores, de suas visões mundanas, de suas inventadas cores, de si, de ela, de todos... Pergunta: como podia ele ser tão mestre de si e como podia ele sorrir só por sorrir e como podia ele fazê-la imaginar outras coisas senão aquelas que ela tinha certeza que não passavam... daquilo.
Ledo engano. Por educação, ou por falta de circunstância, ou por pura coincidência, ela continuou o seu dia caminhando lado a lado. E no dia seguinte, ele a procurou; e no outro, ele se encantou; e posteriormente, a adorou. Pergunta: o que tinha ela para encantar tamanho gigante?
Nada sabia responder (há coisas que não se sabe porque acontecem), apenas sentia das vibrações uma vontade de mudança, uma semente germinando, um calor que o completava.
E ela só se lembra que no dia que estava suficientemente hipnotizada por ele e frágil demais para reagir, ela se inundou com mais um de seus sorrisos-abertos-e-sem-medo-com-tantos-dentes e surpreendeu-se com seus lábios desejando os dele, desejando sentir o sorriso em si. E ele, como a desejava há muito tempo, fechou seus olhos, fechou os dela, pegou-a para si e tudo o que ele fez, na luz de seu mundo e na vontade dos dois, ela sentiu igual: enxergou na mesma lente que a dele.
Ela se apaixonou por um não-mundo sem cores que a fez perceber que a única coisa que não tinha mundo era ela. Não tinha, agora a redoma era outra.
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência e a "ela" do sonho não sou eu. Era outra que nunca vi mais gorda nesta vida, acreditem.


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pintarasunhasdevermelhopintarosdedõesdopéfazerminhavirilhairaoespanhol

Viajar, enfim =)
Bom feriado a todos.
(O meu eu acordou)

20 de abr. de 2010

uma pequena nota.

Roubei da sua descrição a cerca do meu eu. Roubei dígitos.
Encaixei seus dígitos nos outros milhões de dígitos. Formulei o meu ser.
Lapidei minhas feições, mas não escondi minhas carrancas.
Goste ou não sou esse homo sapiens em evolução.
Ríspida, grossa, incontrolável e vulcânica.
amável, tola, inocente, sem jeito.
Faltam algumas definições. Só que prefiro dizê-las no seu ouvido.
Sou eu, você é você. Rotule para si e sinta pena de si mesmo.


Sou o centro das atenções. Sempre fui e sempre serei.
Todos sabem disso e que modéstia, não a possuo.

nota: posso ser o centro, mas o alheio é centro também.
Eu olho no olho, porque todos estão no mesmo nível.

19 de abr. de 2010

O nascer nosso de cada ano.

à voz de quem me faz falta

Infância pra mim tem o gosto da canjica da minha avó Alyete.
Antigamente eu tinha o tempo em minhas mãos e passava uma semana inteira no lugar onde meus pais casaram: Sulacap. (isso mesmo, onde a Lady Laura foi enterrada hoje)
Lá, na casa da minha avó, eu brincava com as minhas panelinhas, aprendia a fazer crochê e comia a canjica.
- Você quer que a vovó esquente com mais leite e ponha mais canela?

Hoje, o tempo me tem nas mãos e quando falo com minha avó ao telefone, conversamos assim:
- Eu fiz canjica pra você. Você não vai vir me ver? Não gosta mais dessa avó.

Não só gosto não. Amo. E sinto uma saudade imensa de todos os dias que passo com ela. Essa é a merda da aburrescência/adultescência (seja lá onde eu me encontro): nos impõem tantas decisões impulsivas e problemas a pensar que às vezes esquecemos que um dia já rimos com o filme da Disney e que, deep inside, somos verdadeiras crianças. Precisamos ir ao balanço, descer no escorrega, brincar como crianças, amar como crianças, sorrir iguais a elas. Eu penso assim porque sou assim. Sou feliz por ser idiota, como disse o Arnaldo Jabor.

Minha infância carrega o cheiro do bolo de milho da minha avó Vera. (acho que já descobri porque sou doçólatra)
Não sei descrever o que o fazia ser O bolo de milho. Só sei que eu me divertia por comer o bolo de milho que minha avó fazia quando ainda nem pensava em andar com a ajuda de apoios. Quem merece um bolo de milho é ela. Um não, vários.

Minha infância tem cheiro de: cavalo, porque todo domingo eu ia à pracinha com o meu avô; cheiro do Passat 94 do meu pai, onde eu aprendi a gostar de rock, da voz da Cássia Eller e Paralamas. O engraçado é que só descobri ano retrasado que as músicas que ouvia por causa do meu pai, favoritas até hoje, são do Tears for Fears, Duran Duran, The Police, Eagles. Ele escutava U2, mas meu caso de amor pelo U2 já vem desde antes do ano de 2008.
Voltando: cheiro das roupas da minha mãe que eu colocava e saía pela casa me sentindo a mulher mais linda do mundo; cheiro e cor de Barra Shopping: eu adorava ir à piscina de bolinhas com a minha mãe.

Minha infância tem cheiro do meu bolo de aniversário que está neste momento na geladeira. Exatamente à 1:58 da manhã, há 19 anos atrás, eu nasci e daqui a pouco completarei 19 anos de pura criancice e sorrisos na cara. Não só sorrisos, mas o que importa é o significado. A propósito, minhas avós estarão aqui amanhã =]

ser prolixa é um problema.

Hoje eu quero me agregar ao sofá e ser alienada pela sessão da tarde.
Daqui a 45 minutos eu terei que sair pela porta da cozinha e chegar às 14 na Fiocruz.



Hoje eu quero sentar numa livraria e pegar seja lá qual for o livro e me perder nas páginas e no tempo.
Provavelmente, durante a minha viagem de uma hora pelo Rio de Janeiro, eu lerei meu livro do Buda, escrito por Deepak Chopra. Não necessariamente conseguirei ler: fico enjoada quando o faço em movimento.



Hoje eu queria que tudo fosse água: passasse por osmose.
Estudarei quatro lições inteiras de espanhol, assim que eu colocar meus pés em casa. Quem mandou se matricular tarde no curso? (Quem mandou não estudar durante o final de semana?)



Hoje eu queria tomar três bolas de sorvete: uma de torta de limão, a outra de chocolate com avelã e a terceira de iogurte com queijo.
Na minha bolsa vocês encontrarão pacotes de biscoito integral, com 0% gordura Que mais? Barras de cereais. No máximo uma caixa de chocolate Talento (a-do-ro), antioxidante e 60% cacau, com amêndoas. Colesterol alto é uma merda: acreditem.



Hoje eu queria pegar um filme na locadora para TENTAR assistir à noite.
Lá por esse horário estarei no clube, correndo igual uma louca, dando não sei quantas voltas na pista. Motivo: ontem fui ao cinema e dividi um balde inteiro de pipoca. Sem falar nos diversos pedaços de bolo ao longo do dia. Se meu médico sabe disso vocês terão um enterro em poucas semanas.



Hoje eu queria e ainda posso, mas posso de um jeito diferente. Teimosia é um dom que nos permite encaixar tempo em um lugar pequeno demais, apertado demais e mesmo assim não sinto claustrofobia. Simples: ao invés de terminar meu dia lá pela meia noite, por que não terminá-lo às três? São 12:42 e ainda não tomei banho. A diversão vai começar agora.

14 de abr. de 2010

Miscelânea...

... um amigo me disse esta palavra uma vez. Sem propósito. Tal qual o que escrevo hoje. Sem propósito, mas não sem motivo.

"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a
realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!"

Machado de Assis - Bons amigos

Um brinde a eles.



12 de abr. de 2010

Cidade maravilhosa da semana passada

"A corda sempre arrebenta para o lado dos mais fracos."
Fracos?
Fracos por não terem condições de morarem em lugares com condições de vida mais dignas?
Fracos por acordarem mais cedo que muitos, lutando contra um mundo que exclui de maneira drástica os que não se encaixam na nata da sociedade?
"Deus ajuda quem cedo madruga." - Não é o que diz o ditado?
Fracas são as mães que deixam seus filhos para cuidarem dos filhos de outras mães? No primeiro andar de um prédio da Vieira Souto. Fazem isso por fraqueza porque, de outra maneira, seus filhos não terão o que comer.
Fracos são aqueles que choram por verem suas casas vindo abaixo?
Fraca é a mídia? Que expõe durante uma semana inteira a fragilidade de muitos. (Quanta frieza ao retratar casos e mais casos). São apenas casos. E como amanhã a notícia será outra, vamos aproveitar a notícia-pão-nosso-de-cada-dia.
Acho que todos já viram o anúncio que divulgaram na televisão, alertando a população sobre o perigo de chuvas torrenciais. "Não mexa em fiação. Não nade. Não saia de casa. etc... SE SUA CASA FOI MARCADA E ESTÁ EM RISCO, SAIA IMEDIATAMENTE. É PREFERÍVEL ESTAR DESABRIGADO, DO QUE ESTAR SOTERRADO" (não exatamente estas palavras).
Grande anúncio. Então não seria preferível, e mais correto, as autoridades públicas avaliarem e impedirem a construção de casas em terrenos irregulares, a fim de evitar o que aconteceu em diversos morros da região metropolitana? É muito mais fácil abandonar sua casa, com os poucos pertences difíceis de uma vida muito "fácil", e vê-la desmoronando. Adendo: ficar sem casa é mais fácil ainda. Morrer soterrado ou perder a família também é outra saída, não se esqueçam!
Sabem o que ouvi? "É um controle natural do crescimento de toda essa gente!"
Para terminar eu gostaria de dizer que sinto vergonha. Não vivenciei um pingo do que muita gente enfrentou semana passada.
E a entrevista que mais me emocionou não foi a da menina Laura, do Jornal Nacional, ou seja lá qual for o nome dela. Foi a de uma moça que não chorou, não ganhou destaque, recebeu dez segundos de jornal. Seu olhar era desesperado em silêncio. Não olhou pra câmera. Não morreu, mas a voz não era a de uma pessoa viva.
- Eu não consegui salvar minha irmã. Nem meu sobrinho. A casa dela simplesmente caiu e eu não pude fazer nada. Sinto vergonha de mim mesma.

10 de abr. de 2010

Quem dera fosse só assim.

É muito bom abrir as gavetas e reviver memórias. Muito. bom.

Este texto eu escrevi no Línguas Presas
O tema era O melhor dia da sua vida.

Ahhhhh, o melhor dia.
Ou poderia dizer, os melhores dias!
Não consigo imaginar um único dia que possa ser considerado o melhor em essência. Sendo sincera, até consigo. Mas a fluidez dos meus dias implora pelos momentos mais ávidos de vontade! Como por exemplo, o que seria de mim sem ter acordado às seis horas da manhã, durante uma viagem, com as melhores amigas que eu não pedi, simplesmenta ganhei de presente. Para fazer o que mesmo? Fazer uma visita à SUPER HIPER MEGA cachoeira do hotel. Não estava frio, estava congelante! Tínhamos chinelinhos nos pés, micro biquinis (TODAS se querendo pros meninos ao lado) e um sorriso no rosto. Que ideia ridícula e estúpida! Mas nenhum som era mais alto do que o das nossas risadas. E nada foi mais engraçado do que descobrir que a "cachoeira" era uma poça. Vale falar da lama?
Qual sentido eu daria à vida se não tivesse virado a noite dançando igual à Beyoncé. Cidade pequena. Amigas felizes. Embriagadíssimas de vinho. Trocando os pés, literalmente. Se estivéssemos no Rio, teríamos sido corajosas o suficiente para andar a cidade inteira fantasiadas do jeito que estávamos? (Créditos ao vinho, por favor.) Inúmeros 'fiu-fius' lançados, batom vermelho, unhas devidamente sensuais, caras e bocas. "Vocês estão bêbadas?" Nãaaaaaaaao, imagiiina. Estamos apenas sendo felizes. E fomos. Porque terminar a noite, depois de ter roubado todos os rebolados da Shakira, dentro da caixa de papelão, no MEIO da pista de dança. Chegamos em casa pro café da manhã? NÃO TEM PREÇO!
O que eu poderia contar para os meus filhos se eu não tivesse pleitado meus pais? Sumido durante um dia inteiro dentro de um acampamento só para poder brincar de pique-esconde por mais tempo? Eu era a dona do mundo, senhorinha do meu nariz e muito gente grande! Brincadeiras eram a minha lição de casa. Eu ia casar com o Robin e ser a nova mulher gata! Felizmente, ou infelizmente, eu não tinha a sagacidade dos adultos e não me preocupava se minha mãe estava carregando uma barriga de oito meses. Pirralha da boa, levada da breca, moleca de primeira.
Meus netos não existiriam se eu não soubesse o que era amor. Dentro da sala do cinema, um olhar lânguido e surpreso. Palavras soltas ao pé do ouvido: "Eu te amo". Para mim! As palavras foram minhas, e são minhas, por dois segundos. Só meu, puro egoísmo. O amor do primeiro. Você foi o primeiro, doces lembranças quando digo isso. E não só o amor dele. Amor quando ao sair de casa, minha mãe abre um berreiro de preocupação. Amor quando meu pai, virado do plantão do trabalho, ignora o sono e se senta para conversar comigo no café da manhã. O maior homem que eu conheço. Igual a ele, jamais. Amor quando meu irmão liga de uma viagem, eu atendo e falo que estou com saudade e ele diz, cheio de pré-adolescência: "Fala sério, Renata!". Amor quando vejo o rostinho de muitos e meu maior objetivo é arrancar um sorriso.
O melhor dia era aquele que comemoramos o término do vestibular. Dormimos pela sala! Largadas no chão! Doce na panela, filme no DVD, celulites devidamente engordadas. O melhor dia foi quando chegamos de madrugada e descobrimos que você esqueceu a chave de casa. Pulamos o muro, lembra? Quase estatelei a cara no chão. O melhor dia foi quando eu dei minha chapinha de cabelo! Assumi quem eu verdadeiramente quero ser e mandei um foda-se para estereótipos. O melhor dia foi cantar junto com o Chris Martin e jurar para a minha amiga que a gente VAI no Woodstock brasileiro e iremos cantar junto com o Linkin Park. O melhor dia foram todos os dias de Pedro Segundo.
O melhor dia é aquele que a gente faz. Ou aquele que acontece.