29 de jun. de 2010

um ser autopensante

Ela está deitada no sofá com um certo congestionamento e sentindo-se meio mole. Levanta, senta e resolver ler. Ler coisas sobre os outros, ler sobre o que ela mais odeia e ama em um minuto, ler coisas que não precisas ser lidas, somente vistas, ler sobre o porquê da lua estar tão cheia no céu alto.
Só que ela se reteve em apenas uma leitura. De muitas, uma. E, inacreditavelmente, ela não consegue lembrar-se da frase que a marcou. Perdas de memória acontecem. (Tratando-se dela então, perdas de memória são fichinha... complexo de alzheimer)
Continuando: Resolve escrever então sobre a segunda coisa que mais a impressionou.
Merda cara. Ela não queria escrever sobre aquilo.
Sabe porquê? Por você. Não queria escrever sobre aquilo meramente por sua causa. Porque outro dia, do lado de fora do seu quarto, eu constatei o quão cheia estava lua e era você que estava lá. Foi você quem a admirou comigo.
A segunda leitura que mais me impressionou me fez perceber o quanto a menina agora está por conta própria. E, felizmente, ela sabe que tem que adicionar certo lirismo à sua realidade. Porque todos, todos os dias, adicionam. Fazem sua própria música. E para ela não será diferente.
Cliche é dizer que isso tudo se chama viver um dia após o outro.
Não ser cliche é constatar que um dia a gente cansa de pensar sobre muitas coisas e acaba esquecendo que muitas coisas chegam, novas e prontinhas para serem pensadas. Substituindo as antigas.


O maior presente de todos? A minha lua não está no singular: está no plural.

Um comentário:

  1. É verdade. O lirismo deve estar presente sempre.
    Devemos sempre acrescentar uma "bossa" em nossas vidas.
    Rotinas cansam, mas às vezes são necessárias e é aí que entram as pequenas coisas que podemos mudar, fazer diferente, inovar que acabam com a chatice do dia. :)
    Tô viajando e são mais de 2h da manhãaaa! êeeee! XD

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