... sempre.
E tenho dito.
Este blog está temporariamente de férias, assim como a dona.
Um tempo para agregar, ao invés de construir. E descobrir:
principalmente ;)
21 de jul. de 2010
18 de jul. de 2010
La ciudad
Hoje não é pra ter medo de ser feliz não. Se as pessoas saem pelas ruas do Rio de Janeiro do jeito que ele é, porque devemos temer? Foda-se cara. O cara tá lá de braços abertos de sacanagem? Seja o que ele quiser! (Abençoa e vai!)
Então tá, né? Fui.
Fui e comigo veio uma declaração de amor. PUTA VÉI, (como diz minha prima), sou baiana mas, porra, do Nordeste só veio a certidão de nascimento. Até carrego o meu momento de rodar a baiana, mas... o que seria da pessoa que vos escreve sem o seu Rio de Janeiro. Caralho: nada. Eu já sabia disso há muito tempo, mas ontem ficou transparente. E como sempre minhas constatações vivísticas acontecem no coração do MEU Rio de Janeiro: na Lapa. E o que a Lapa tem a ver com o Rio? Tudo! E porque a Lapa é pra mim o coração do Rio? Porque é. Assim acho eu, mas com certeza outros nunca acharão isso.
Vou traçar um paralelo que vai chegar num ponto final.
Introduction e meio e fim: O que é o Rio pra você? Apenas um ponto diverso misturado aos outros pontos diversos de um Brasil tão variadamente diverso. Certo? Bem, ao menos para mim, sim. Pois então. Não consigo pensar em um lugar que resume todas as originalidades de tantas pessoas ao mesmo tempo. Justamente por não regar apenas uma raiz, mas sim várias. E isso é lindo, cara! é mágico, é inspirador. O L de Lapa para mim significa legalização; legalização de todas as cores, todas as cabeças, legalização de um todo completamente cheio de divergência. E para enxergar o outro, você tem que amar a diferença dele. Não é isso que você faz com os amigos? Aceita as semelhanças e junto delas vão as diferenças. Estão aí os dos A's de Lapa. Mas eu nao colocaria Amor e Amizade. Mas sim, Amor e Amor. Felizes são aqueles que amam, sem precedentes e explicações.
E se aPaixonam. (#pontofinal#)
Simples não é, mas quem disse que não existe beleza na complexidade?
A propósito, complexo é saber mijar se equilibrando num salto alto 9 cm sem encostar na tampa do vaso! Assim tenho dito. E olha que eu estava de legging, imagina a coitada que tem que segurar a calça, se equilibrar e ainda pegar o papel? Ai, ai... MULHERES!
8 de jul. de 2010
A criança do meu caribbean blue
Uma criança disparou pela padaria portas à dentro. Ansiosa por algo: olhinhos perscrutando cada centímetro, cada cantinho da bancada de doces. Eu, na minha calma, chegaria ao meu destino como uma rainha, prazerozamente, majestaticamente (muitos sic). Ela, impestuosa criatura, avistou um pão doce, rechonchudo, fonte de prazer, delícia perigosa. Eu, alcancei sem preeeessa alguma o meu humilde pedaço de bolo de limão, camada tripla, com uma calda ariana danada de dengosa. O pão doce, o bolo de limão, lado a lado, cúmplices de padaria, entregues ao destino de serem somente vítimas da gula, do desejo, da gostosura, do colesterol alto: da eterna felicidade. Separados, ali, na derradeira cumplicidade. Ela, ali na fila, parada logo em minha frente, olhou para o balcão, com outros docentos doces:
- Moço, quanto tá o beijin'?
- ér doce moça, tudo doi zi cincuenta.
Preferiu resguardar seu pão doce. Santa criança! Me lançou um feitiço ao qual não pude resistir. Pensei: "Será que levo mais um bolo? Não precisa ser de limão! Tem o de morango... HÁHÁHÁ". Mas não... permaneci dura, acreditando no prazer que aquele único bolinho iria me proporcionar.
Minutos mais tarde, a criança já tinha pagado sua conta e eu me dirigia para o lado de fora da paradia. Pensando em chegar em casa, abrir o faqueiro e meter bala. Eis com quem me deparo? COM A CRIANÇA! A danada já tinha aberto o pacote de seu pão e já tinha as insaciáveis mãozinhas na boca com pão e tudo! Puta que pariu... olha o dilema. Olho pro pão, olho pra criança e penso: é aqui, é agora? Na racha?! Na munheca?! Mas não, permaneci sólida em minha virtuosa espera. (Afinal era só atravessar a rua e pegar o elevador)
Sorri. Porque poucas pessoas sabem reconhecer a virtude de ser uma eterna criança.
A criança era uma senhora. Cálida e inocente. Linda em sua juventude.
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