28 de nov. de 2009

O fantástico mundo de Renata.

Quando eu era criança, sonhava em casar com o Batman. Eu era uma moleca em estado de amor platônico, cujos olhinhos brilhavam só de pensar no gostinho da aventura. Minhas cenas épicas com o Batman imaginário se tornavam reais debaixo do chuveiro e quando deitava cheia de sono. Depois surgiu a rebeldia pelo Robin, que me conquistou pela sua imaturidade e por ser menos sério que o primeiro. Fiquei um tempo vacilando entre os amores à primeira vista da infância (eu era tão malandra que namorava de mãos dadas com três ao mesmo tempo). // Começou a Revolução. Adeus Papai Noel, Adeus terra do nunca. Olá nova fase. // Me apaixonei perdidamente pelo Harry Potter. Sonhava com Hogwarts e sua magia infindável. Foi o início de um novo mundo! Uma realidade paralela que me fazia acreditar em seres que habitavam a minha fantasia há muito... uma ficção chiclete que me dava poderes, me fazia sonhar tão tão alto, morar em outros lugares e quando terminava eu ainda estava lá, sorrindo, esperando o outro ano começar. Eu era tão igual a ele. Resgatei minha alma de "meninos perdidos" e adotei Londres, Hogwarts e a Toca como minha única casa. // Carrego os mesmos sonhos desde aquela época. Estão aqui dentro. Fortes e indestrutíveis. Só que as obrigações cresceram e a realidade é um pouco diferente. No fundo sou um misto de Mulher Gato, Hermione e Elizabeth Swann. E continuarei assim, muito bem, obrigado. Nos intervalos dos tempos reais eu me vejo conversando comigo mesma. E pergunto: "Por que você tem tanto medo de magoar seus próprios herois?" Respondo: "Talvez por querer que eles sintam orgulho de mim. Quero que eles continuem aqui. E mesmo aqueles que passaram e foram embora, desejo que se lembrem da minha garra, da minha coragem e do brilho dos meus olhos. Assim como guardo boas recordações. E se por algum motivo eles ficaram em dúvida quanto ao meu caráter, asseguro-lhes que é a minha natureza. Inconstante e leal, ao mesmo tempo. Mas saibam: vocês me fizeram crescer enquanto pessoa, mulher e personagem mítico. A vocês, meu eterno sorriso."

11 de nov. de 2009

Nem 8 nem 80

Mas algumas vezes só consigo ser assim. Eu vario entre os estados tecla do foda-se e quero mudar o mundo. Às vezes me vejo isolada, perdida, decidindo se ajo ou não. E em outras, nem preciso pensar, porque já fui, cheguei e consegui/não consegui o que queria.

Consigo fazer uma lista dos meus paradoxos e antíteses (que como é muito grande, não vem ao caso listá-la). Mas uma pessoa muito querida, e sábia, um dia me ensinou a olhar o mundo com outros olhos. Aliás, devo isso não só a uma, mas a mais algumas pessoas. Neste fluxo, ao qual deu-se o nome de vida, viver nos extremos é pura alienação, criancice e perda de tempo (minha opinião).

Com o tempo percebi que perdi pessoas importantes por ter me cegado com o enjoado do orgulho. Bastava uma conversa, uma palavra, nem que fosse uma vírgula(!) e hoje eu não carregaria o arrependimento. O máximo que eu ia receber era um não (dói, mas passa). Há uma diferença muito grande entre orgulho e valor próprio. O problema é que ambos andam de mãos dadas, são casados, amantes, se amam e odeiam.

Percebi, também, que não adianta nada querer. Querer não é poder! Admito que algumas coisas na minha vida vieram mais rápido e facilmente do que eu jamais poderia esperar, mas só depois de ter saído da inércia e lutado - nem que seja um pouco - por aquela alguma coisa.

E a(s) mesma(s) pessoa(s) do segundo parágrafo me ensinou(aram) três fatores poderosos, dois quais eu não abro mão: a palavra, a vontade e o respeito. Em qualquer lugar, a qualquer hora, eles me ajudam. Mas reconheço que preciso usá-los mais e continuar... sejá lá qual for o rumo.


P.S: Hoje, por sinal, foi um dia que saiu do oito para o oitenta.
P.S 2: Estou morrendo de saudade de certas pessoas.
P.S 3: Já contei para tudo e para todos, mas falta aqui: eu vou no show do Coldplay e sou a criatura de duas pernas mais radiante deste universo por causa disso.

beijostchau :)